6 de dezembro de 2007

Divulgação

Bom, aos que não sabem, daqui a pouco, às 19h, no auditório da FAMECOS, ocorrerá a exibição do "Sinfonia da desgraça".

Compareça seu desgraçado.

4 de dezembro de 2007

A graça da desgraça

Acordar 6 da manhã é foda. Só pra ir editar esse filme na PUC. Exijo um aumento salarial baseado na luta do proletariado e das classes trabalhadoras que têm sido oprimidas pelos porcos capitalistas que comandam este grupo.

Também estou postando pra dizer que estou vendo o nascer do sol que está por trás de prédios e de nuvens, num ar meio das trevas. Realmente teria sido um plano encantador para o início do filme, embora a Farrapos não esteja vazia como o planejado.
OBS.: Esse post foi levemente censurado. - da direção.

3 de dezembro de 2007

Mostra

Postagem rápida, apenas a fim de deixar avisado:

Mostra de documentários do segundo semestre ocorrerá esta quinta-feira, dia 6, às 19h, no auditório da FAMECOS. Compareçam!

30 de novembro de 2007

Gravação

Sei que já faz tempo que não posto aqui, mas vá lá...

As gravações da trilha foram realizada hoje à tarde. Apesar de não termos tocado juntos, foi muito bom ter estado presente com os irmãos e músicos Bernard e Richard. Bernard tocou magistralmente o violão. Trabalhei com ele durante o ensaio, tendo passado a tablatura da gaita para notas escritas (Dó, Sol, etc). O ritmo da música ficou um tanto diferente da versão original para gaita, mas nem por isso pior, na verdade, ficou (a meu ver), a melhor parte da trilha. Richard, um jovem baterista, mostrou seu talento executando batidas sincronizadas com os cortes do filme e com um ótimo solo.

Da minha parte da trilha, em que toquei com uma M. Hohner Marine Band em Sol (G) No. 364, acho que ficou bom o suficiente para o filme. Agradeço muito a paciência de todos os envolvidos durante a gravação por aguentarem meus seguidos erros e diversos takes. Agradeço especialmente ao diretor Bruno por me orientar incansavelmente, take após take, até acertar (o take utilizado foi o último) e por me convidar para participar da trilha sonora.

Agora é só esperar pra ver o resultado. Um abraço a todos e muchas gracias por me propiciar minha primeira gravação como músico. Asta luego!

Trilha Sonora e Quarto Corte

Sem palavras para definir as performances musicais que vi esta tarde na PUC-RS. Logo ao chegar fui preparar a ferramenta-mor, o DVD com o vídeo para exibir aos músicos para que estes tivessem um guia, afinal a montagem seria quase como uma partitura, ritmando os solos.

A trilha musical é dividida em três atos: gaita, bateria e violão. Para a gaita, Guilherme Borges executou excelente trilha. Na bateria, Richard Caye, jovem garoto que promete. No violão o já ilustre membro da academia de intrusos do prédio 7, Bernard Caye, aquele que já foi personagem de inúmeros trabalhos de Áudio I.

Enfim, a trilha está excelente.

Tendo a trilha em mãos, os cortes feitos, os planos novos adicionados. Afinei e ajustei a mais nova (e creio eu, a penúltima) versão do filme.

Vamos ver o que o diretor irá achar disto tudo.

29 de novembro de 2007

A Desgraça aprende a falar

Temos agora uma trilha sonora. Seria mais correto o diretor comentar sobre a música idealizada pelo Bordini, mas, em poucas palavras, ela divide-se em três partes: gaita, bateria e violão.
Para a primeira, nosso eclético diretor de foto contribuiu com suas habilidades no manejo da gaita em um belo trabalho, mesmo com as dificuldades técnicas ignoradas pelos outros membros da equipe.
A segunda e a última partes foram interpretadas pelos famosos irmãos Caye, Richard e Bernard, que aceitaram participar do nosso projeto. Cada um deixou seu estilo impresso na música, uma vez que muito foi improvisado, lembrando que não houve nenhum tipo de prévio ensaio.
Porém, seria injusto comentar sobre a nossa diária musical sem acrescentar, e agradecer profusamente, a cooperação de nossos colegas Carlos e Paula. Esta por ter nos emprestado gentilmente seu laptop quando necessitávamos desesperadamente de um, enquanto Carlos se dispôs a levar o equipamento necessário, e montá-lo, para que a gravação feita fosse. Sem a inestimável ajuda deles, além da do diretor musical e dos músicos, nada disso teria sido possível. Também não podemos ser injusto e deixar de citar o George Clooney que nos supervisionou e auxiliou (desconheço seu nome verdadeiro, erro este que será sanado na próxima aula de áudio).
A Desgraça transgrediu o nosso grupo para tornar-se coletiva.

24 de novembro de 2007

Quarta diária e trilha sonora!

Sim!
Hoje filmei mais uns planos adicionais. (acho que deu uns 4min, no máximo)
Bueiros, comida podre etc.
Acho que agora já não falta quase nenhum plano!
Estamos quase prontos.
O diretor musical, Henrique Bordini, já compôs a trilha sonora e atualmente o diretor de fotografia, Guilherme Borges, está ensaiando para a gravação da mesma dia 29.
Falta muito pouco mesmo.

Até dia 6!!

Terceiro Corte

Ficou pronto ontem o terceiro corte do filme, com mais planos e menos tempo. Agora tem 6 minutos e a tendência é o número diminuir. Fiquei mais satisfeito com esse corte do que com o anterior. Agora é mostrar pro diretor e professores pra mudar de novo.

19 de novembro de 2007

Cartaz do filme


Um deles. Em breve mais.

17 de novembro de 2007

Segundo corte

Seguindo a base do primeiro corte, mas reformulando a narrativa e criando significados, comecei e terminei hoje o segundo corte do filme.

Resta agora o Diretor do filme ver, e mostrar a alguns professores pra eles palpitarem. Espero que o terceiro corte, no máximo o quarto seja o definitivo.

Atualmente o filme tem cerca de 8 minutos.

10 de novembro de 2007

Trailer - Sinfonia da Desgraça

O tão aguardado trailer de nosso filme.

9 de novembro de 2007

Primeiro Corte

É realmente impressionante o ritmo que a montagem têm andado nas últimas duas semanas. Dia 25/10 foi nossa última diária e de lá pra cá tive um intenso trabalho de montagem.

Primeiramente importei todo o material gravado para dentro de um dos HD's portáteis (o Griffith no caso).
O segundo passo a ser tomado foi dividir todos os clipes, que não eram poucos, visto que o diretor megalomaníaco fazia takes que duravam de 4 a 10 segundos.
Após dividir os milhares de planos do filme, comecei a renomear cada um e separei por pastas, as quais prefiro chamar de "setores", a fim de que eu pudesse me achar em meio aos angustiantes e inúmeros planos.
Iniciei então a montagem pelo começo do filme, para termos a seqüência inicial para enviar ao compositor musical do filme. A partir dessa seqüência inicial de cerca de 2 minutos, será composta a trilha sonora do filme.
Tendo essa parte concluída, coloquei todos os demais planos do filme no filme e ordenei o tempo de cada plano. Ainda assim o filme não tinha uma cara própria, parecia ser apenas uma junção de planos sem sentido.

Ontem, em menos de 3 horas de trabalho, editei o trailer do filme. Dentro de algumas horas o trailer será postado aqui. É claro que não sou a melhor pessoa para elogiar o trailer, afinal é um filho meu. Mas modéstia parte, ficou sensacional o trailer.

Mas devo dizer que o que mais impressionou a mim, foi que hoje a noite, em cerca de 2 horas, consegui organizar aquilo que poderemos chamar de primeiro corte do filme. Tem cerca de 10 minutos e ainda está bem bruto, mas pelo que temos de material já dá pra garantir que essa será a provável duração do filme.

Agora é descansar no final de semana para concluir a montagem do filme até sexta-feira.

Pós-Produção

Enfim, o Sinfonia da Desgraça - quem diria! - está virando brinquedo de gente grande. Quinta passada, dia 1º de novembro, começamos a edição do vídeo, concluindo sua introdução a fim de que o compositor musical pudesse ter uma base do que será nossa produção.

Não é, porém, este fato que o torna grande, mas sim o de que temos um trailer! Um ótimo trabalho de nosso montador, devo dizer, pois, embalado pela melodia de Beethoven (é assim que se escreve?), torna o nosso curta em duração mas longa em simbolismo numa produção realmente atrativa. Surreal, entretanto atrativa. Recebemos até a aprovação do professor Barone, além de suas dicas para melhorar alguns detalhes.

Quem quiser conferir o resultado, será exibido, junto com os curtas de um minuto, no auditório da FAMECOS, dia 14 de novembro, às 19 horas (evento sujeito à mudanças).

27 de outubro de 2007

Frases Marcantes do Processo de Trabalho - parte 1

Durante as filmagens é fato que muito falamos e discutimos. Nada mais justo que cada um postar as frases que mais marcaram ou que pelo menos tenham ficado na cabeça.

"...olha essa cidade! Parece um circo, um bando de macaquinho vivendo pra nada..." Bruno Guimarães referindo-se a Porto Alegre

"...filma os tênis aqui, filma os tênis aqui...ô não é pra filmar, pára de filmar..." algum marginal do Centro antes de fechar bruscamente as portas da van

"...terceiro andar: artigos esportivos..." Zé Lopes ao entrar em qualquer elevador

"...eu vou ser o montador do próximo né?..." Guilherme Borges, fotógrafo, todos os dias, referindo-se ao curta do próximo semestre

"...é por isso que o mundo tá uma merda, colocaram a pomba como símbolo da paz..." Zé Lopes referindo-se ao conceito humano de paz

"...isso é ultrajante..." Guilherme Borges, imitando pela milésima vez o Prux

"...o melhor plano da história da FAMECOS..." Élvio, sobre o travelling do Centro

"...além de diretor eu sou o cara que tem que segurar um guarda-chuva pra não molhar a câmera...Dentro de uma van!!!" Bruno, durante o aclamado travelling

"...bicho idiota..." Zé Lopes, manifestando seu sentimento por pombas

"...me decepcionei com a equipe..." Alexandre, o produtor, dando uma entrevista para o Making Of

"...não me enche..." Daniel, num dia de bom humor

"...João Moreira Salles é o melhor..." Alexandre, manifestando um amor platônico pelo irmão do Walter Salles

"...que tal uma cascata?..." Élvio, dando sugestões construtivas para o filme

"...wtf?!?!?..." Fábio Lobanowski, ao ver o material de arquivo que será usado

"...o primeiro plano é o plano um..." Daniel, irritado com as perguntas no primeiro dia de filmagem

"...não existe ordem de filmagem, que fique claro, não existe ordem de filmagem hoje..." Alexandre, inovando nos métodos de produção

"...o Blade Runner é de 1987 né?..." Guilherme Borges sobre Blade Runner (1982)

"...não, 1985..." Daniel sobre Blade Runner (1982)

"...tu tirou o cinto?...tu quer morrer?..." Bruno Guimarães sobre a rebeldia de Élvio

"...não é engraçado..." Bruno Guimarães sobre a musicalidade de Élvio

"...fazia três semanas que tava anunciando chuva pra hoje e os caras acertaram..." Alexandre sobre a competência dos metereólogos

"...o nosso grupo se baseia na confiança e na amizade o tempo inteiro, a gente não teve nenhum problema..." Alexandre sobre o ambiente de trabalho

"...com essa chuva as pombas não ficam aglomeradas..." Bruno Guimarães, enfatizando que o plano das pombas era fundamental pro filme

Terceira Diária - parte 4

Só para reiterar o que já foi dito aqui. Quase assaltados na orla do lago Guaíba, cozinhando sob o sol no cais e atraso pantagruélico dos professores + van. Pelo menos consegui fazer planos muito bons. Em especial os do crepúsculo (tanto o com grande angular quanto o com a tele), os das pombas (uns ficaram incríveis) e um de uns guindastes do cais. Fascinantes. Tô realmente confiante, o resultado vai ficar, no mínimo, bonito.

Espero que, nessa semana a gente consiga fazer o início do filme conforme a escaleta para que o diretor musical comece a fazer seu trabalho embasado no material bruto pré-montado. E logo teremos alguns cartazes de divulgação.

Era isso.
Valeu equipe!!!

26 de outubro de 2007

Terceira Diária - parte 3

Carlos ensinando Élvio e Isadora a mexer no Fostex.
Após aprender, Élvio e Isadora preparam os equipamentos.
Sendo solicitado, Élvio chega atrasado 5hrs ao set.
E então começam a bater fotos.
O diretor Bruno visualiza o que já havia sido visualizado.
Filmamos o pôr-do-sol com duas câmeras.
O tempo se apresentou favorável a nossa diária.
Uma das PD-170 com lente grande angular, filmando o pôr-do-sol.
Daniel: assistente de direção e Still nas horas vagas.
Alexandre: Produtor e fanfarrão nas horas vagas.
Observados por um capacete rosa, a equipe se retira do set.
Na Usina do Gasômetro acontece uma mostra da RBS dentre outras exibições de curtas.
O assistente de direção anota informações em sua planilha improvisada.
O produtor demonstrando falta de prestígio pelo equipamento, cospe na câmera.
Rapidamente o operador de câmera se vira para filmar a rua.
O diretor demonstra falta de afeto pelo fotógrafo, enquanto Daniel sua para guardar uma fita.
Chegando cerca de uma hora atrasados a equipe vai devolver os equipamentos. Exaustos voltam para casa e descansam.

Terceira Diária - Parte 2

Bom, queria dizer algumas coisas sobre a diária do dia 25/10 (ontem), complementando o que o nosso montador já falou com o ponto de vista daqueles que foram ao campo capturar imagens agônicas.

Em primeiro lugar, gostaria de esclarecer o que ocorreu em relação à van. O motorista, Walter, não se atrasou como achávamos, pois, desde as duas horas, ele se encontrava ao lado do prédio 8, tentando descobrir aonde devia ir, já que nem os seguranças nem os porteiros da PUC sabiam dizer exatamente onde era o local de encontro da FAMECOS. Era sua primeira vez fazendo isso, portanto totalmente justificável seu engano, principalmente depois de ter sido muito parceiro durante as filmagens, mesmo tendo eu feito um cronograma com deficiências geográficas (pensava que o Laçador fosse mais perto do Gasômetro do que o Cais do Porto, o que não foi de todo ruim, pois tínhamos tempo a perder).

Em relação às filmagens em si, tudo correu tranqüilo. Não tivemos a intervenção de nenhum professor, fato este que foi ótimo, uma vez que não há aquela cobrança e pressão, podemos demorar o tempo que quisermos. Tínhamos, é claro, a presença do Zé Lopes, que auxiliou o diretor/ fotógrafo o tempo inteiro, mas ele, conforme suas próprias palavras, não era responsável por nós, se perguntassem (e perguntaram uma hora no Cais do Porto) ele diria que nem conhecia.

Com a equipe drasticamente reduzida de acordo com a explanação de Élvio, tivemos uma diária muito mais calma, e, na minha opinião, melhor, pois nosso trabalho não tem muito mistério, então quanto menos gente mais ágil podemos ser. O diretor conseguiu os planos que desejava e, ainda, tivemos no nosso lado a sorte, já que, por exemplo, no caso das pombas, um cara apareceu do nada e jogou comida para as aves bem na hora, melhorando a posição delas.

Os únicos porém mesmo do dia foram dois: um foi uma deficiência minha, pois esqueci de comprar água previamente e estava muito quente. O outro foi na Usina do Gasômetro. O Bruno queria deixar uma câmera no solo e outra levar para cima da Usina e filmar o Pôr-do-Sol. No entanto, enquanto preparávamos a câmera de baixo, fomos importunados por três maloqueiros, o que nos obrigou a nos precaver e levar as duas para o lugar seguro.

No resto tudo foi muito bom. Deu até para dar uma passeada pela exposição da RBS, a qual está sensacional.

Terceira Diária - parte 1

Considerações sobre nossa terceira diária de filmagem.
Bom, creio que ainda vai faltar mais uma diária, que teremos que fazer por fora pegando alguma câmera por sorte. Fato é que ainda temos 2 fitas a usar e muito material a gravar.

Na diária de ontem, dia 25 de outubro, fizemos algo completamente inovador acredito eu. Dividimos a equipe ao meio. Com a van, saiu, por Porto Alegre, uma parte da equipe para gravar imagens. No campus permaneceu outra parte da equipe para gravar apenas áudio de entrevistas.

A equipe de áudio:
- Isadora (técnica de som)
- Élvio (assistente de som, entrevistador e montador)
- Natália (assistente de produção, making of e still digital)

A equipe de imagem:
- Bruno (diretor e diretor de fotografia)
- Alexandre (diretor de produção, fotografia adicional e making of)
- Daniel (assistente de direção, assistente de câmera e still analógico)
- Élvio (assistente de câmera, making of e still digital)

Calma, já explico como estive nas duas equipes.

Contando já com o atraso previsto dos professores, resolvi não chegar no horário da outra diária (13hr). Cheguei 13:50 aproximadamente e fui caminhar com o Diretor e uma amiga dele (Bruna). Estávamos tranqüilos, pois tínhamos muito tempo para poucos planos e, como ainda não podíamos retirar o equipamento (tendo em vista o atraso dos professores), fomos caminhar e conversar sobre a diária. Iniciamos o procedimento de retirada de equipamentos 14:15.

Retirei o equipamento de som, e o resto da equipe o de imagem. Sempre com a boa vontade do Lindomar e do Márcio que sempre têm se mostrado muito amigáveis e flexíveis quanto à retirada de equipamentos e devolução.

Embora tivéssemos retirado todos os equipamentos, não tínhamos Van para nos transportar. De quem seria a responsabilidade? Da van ou das pessoas responsáveis por nos conseguir a van (os professores)?

Independentemente de qualquer julgamento, o fato é que a van se atrasou. Nós não, pois já contávamos com atrasos gigantescos tendo em conta a consideração e pontualidade que nossos professores já haviam demonstrado na última diária. Saímos, ou melhor, saíram dentro do horário previsto o Bruno, o Daniel e o Alexandre. Foram se divertir pela cidade e filmar a tão aguardada "aglomeração dos pombos" (já citada no making of provisório) e mais estátuas e coisas do tipo.

Enquanto isso, no campus, Isadora, Natália e eu tivemos um breve curso intensivo de Fostex com o Carlos, que se mostrou muito prestativo nos ajudando a mexer no aparelho. Tão logo aprendemos, preparei-o com seus fios, fones e microfone para a técnica de som e saímos a caminhar pelo campus e entrevistar transeuntes dos mais diversos.

Eram 15:30 e não havíamos entrevistado ninguém, o que me fez apressar a Natália a conseguir pessoas para eu entrevistar. Embora eu tenha exigido muito dela nessa parte e tenhamos até discutido um pouco mais exaltados, ela se mostrou competente o suficiente para achar bons entrevistados.

No total entrevistamos 7 pessoas. Na minha opinião 2 foram sensacionais, 1 foi muito ruim, e as outras foram meia-boca. Mas isso veremos mais adiante na hora de montar o som. Terminadas as entrevistas, às 17h, a técnica de som saiu correndo, pois tinha algum compromisso importante, creio eu. A Natália permaneceu um tempo mas logo foi embora também. Coube a mim, então, tomar o cuidado para descarregar imediatamente o Fostex, de modo a não correr nenhum risco de perder o áudio gravado. Aproveitei o momento para dividir alguns clipes das fitas que já haviam sido importadas. O processo de montagem começa a tomar um rumo.

Por volta das 18:45 recebi uma ligação do Alexandre e do Bruno que solicitaram algumas informações sobre o tempo na internet e solicitaram que, se possível, eu fosse até a locação onde eles estavam. Fui imediatamente tomando a primeira condução que fosse até lá.

Munido de minha câmera fotográfica, cheguei ao local combinado por volta das 19:20 (sim, nesse horário deveríamos estar devolvendo os equipamentos na PUC, mas, como, por culpa dos professores, tivemos atrasos de, no total, mais de uma hora, resolvemos nos "atrasar" em prol do bom andamento do filme. A equipe estava alegre, feliz, descontraída, pois esse é o tipo de clima e ambiente que prezamos em nossos filmes. Contribuí para que esses sentimentos só aumentassem, enquanto Bruno filmava o pôr-do-sol com duas câmeras.

Em pouco mais de meia, hora bati um total de 150 fotos, mas somente 60 ficaram aproveitáveis. Algumas delas postarei em breve neste Blog.

Voltamos para a PUC e devolvemos os equipamentos restantes por volta das 20:10. Mais uma vez o Lindomar se mostrou muito prestativo para nos ajudar.

E essa foi mais uma diária sensacional, totalmente excelente. E só pra esclarecer alguma dúvida que tenha surgido, o Guilherme, que é o Diretor de Fotografia, não pôde ir filmar por motivos de força maior: ele ficou com uma forte gripe nos últimos dois dias e embora insistisse em comparecer para filmar, não foi por recomendação do Diretor.

19 de outubro de 2007

Making Of

O tão esperado Making Of do filme "Sinfonia da Desgraça".

"...olha essa cidade! Parece um circo. Um bando de macaquinho vivendo pra nada..."

18 de outubro de 2007

Mais notícias

Ontem eu refirmei o acordo com meu amigo (e irmão) Henrique Bordini, para que ele componha a música do nosso filme. Ele também está ansioso para ver o trabalho completo.
Hoje começamos oficialmente a montagem do doc. Devo dizer aqui que em alguns momentos o travelling não ficou tão bom quanto quando vimos na hora (o calor da emoção), mas ainda assim vai ficar muito bom.
Acho que é isso.
Ah, sim, em momentos o making of das primeiras diárias estará online!
Confiram!

13 de outubro de 2007

Segunda Diária - parte 2

Enfatizando o que disse o montador do filme, Élvio, o Entusiasta, também conhecido como Élvio, o Arauto da Desgraçada Sinfonia (já que eu tenho uma timidez letal), vou escrever as minhas impressões sobre as filmagens de ontem:

Cheguei lá na Famecos às 13h. A equipe foi chegando aos poucos. Os responsáveis professores resolveram aparecer bem depois do combinado, mas, como a produção já contava com esse atraso, não atrasou o cronograma do dia.

A caminho da primeira locação, Av. Ipiranga esquina com a Santana, alguém - não citarei nomes - resolveu que tentaria minar o grupo, para que não conseguíssemos realizar nosso trabalho. Essa pessoa resolveu que mudaria os cargos ao seu bel prazer, ignorando o fato de que já estávamos organizados. Óbvio que, na hora, aquiescemos, mas na prática ficou como queríamos. Quando chegamos à locação, essa mesma pessoa tentou criar problemas e disse-me que não daria pra fazer o plano que eu queria, só que, foi só ligar a câmera que ele/ela disse pra filmar aquilo que eu queria, como se a idéia fosse dele/dela! Bom, ali deu pra fazer um ou dois planos bastante interessantes.

Findada a gravação dos planos dali, já arrumamos a van e a câmera pro travelling... E nos fomos. Só tenho a dizer que não ficou como eu tinha imaginado, ficou melhor. E devo comentar que o diretor de fotografia foi magnânimo, pois conseguiu captar aquilo que eu vizualizei. Ele conseguiu pegar aqueles planos que surgem na hora, o feeling, como disse o Zé Lopes, orientador de foto. A propósito, a chuva, antes considerada um entrave à filmagem, proporcionou-nos planos belíssimos; o filme beneficiar-se-á da bendita água que caiu do firmamento na tarde de ontem.

Detalhe: o travelling "custou-nos" uma fita inteira.

Depois disso, conseguimos planos extras suficientemente opressores e fomos pro apartamento da amiga da Natália. Lá fizeram-se mais planos angustiantes e igualmente opressores. Talvez aqui a chuva tenha prejudicado, pois, na rua, havia menos movimento do que o que eu desejava. Mas nada que derrubasse o meu ânimo.

Logo após, fizemos planos de estátuas (sendo que uma não estava prevista) e um plano de uma rua (ficou muito lindo). E nos fomos. A princípio a gente ia pra Farrapos filmar engarrafamento, mas a caminho, entramos num... E, portanto, tornou-se desnecessária a locomoção à zona norte da cidade. Filmamos o engarrafamento todo do centro à universidade. Guilherme, boníssimo cinematógrafo, fez uns planos psicodélicos muito interessantes; provavelmente serão utilizados.

Chegamos antes do horário determinado. Todavia, ninguém podia nos atender, e a van ficou ligada à toa na frente da garagem. Depois de quase 20 ou 30 min, descarregamos a van. E a empurramos também, para ajudar o Bira, o melhor motorista, mas debalde.

Resumindo: planos incríveis, equipe unida e empurrãozinho na van... se isso não é perfeição, mostrem-me o que ela é!

12 de outubro de 2007

Segunda Diária - parte 1

Breves considerações.

Deu absolutamente tudo certo. Após um breve atraso de meia hora na retirada de equipamentos graças aos professores responsáveis, saímos ainda dentro do horário previsto. Alguns problemas de comunicação atrasaram o primeiro plano da diária.

Após alguns contratempos e discussões (não entre os membros da equipe) partimos para o chamado "grande plano do filme".

O travelling do Centro ficou no mínimo genial. A câmera PD que é 3 CCD combinada com a lente grande angular criou uma imagem magnífica. Tivemos problemas é claro com marginais do Centro que insistiam em fechar as portas de trás da van, nos impedindo de filmar. Mas eu e o Guilherme conseguimos contornar a situação prejudicando pouco a imagem do filme. Também a chuva que não cooperava insistindo em molhar a câmera, mas graças ao Bira, o motorista mais gente fina do mundo que havia levado um guarda chuva pudemos salvar a câmera de algumas gotas d'água.

O diretor de fotografia estava numa tarde inspirada, a começar pela brilhante idéia de transpassar os cintos de segurança por trás dos bancos, nos dando assim um suporte para poder segurar a câmera sem se preocupar com freadas bruscas. Em seguida proporcionou alguns enquadramentos extras que provavelmente serão usados na montagem. Depende do diretor apenas. Diretor que tem um estilo quieto e objetivo, o que proporciona maior alegria e diversão para a equipe que é completamente competente.

Mais além tivemos de filmar alguns planos difíceis na chuva, que já havia engrossado. Ficaram muito bons.

Em seguida, partimos para a casa da amiga da Natália (assist. de produção e making off) onde iríamos filmar mais planos. Lá pudemos baixar a adrenalina, e, não sei porque, as coisas pareciam estar bem calmas estando longe da van. A van acho que nos oprimia. Opressão é um dos temas-chave do documentário.

A essa altura era apenas 18h e já havíamos concluído todos os planos planejados e feito muitos outros planos extras. Fomos então filmar mais planos extras. Alguma discussão acerca de o que e onde filmar.

No fim das contas acabamos indo filmar o engarrafamento. Mas acabamos parando dentro do engarramento. Então o motorista saiu do trajeto planejado para largar a professora orientadora onde ela ia pegar um ônibus ou táxi para ir embora, o que nos causou um leve atraso, mas que foi despercebido. Voltamos pra PUC em meio ao engarrafamento filmando tudo. Alguns planos psicodélicos.

Chegamos, enfim, 18h50min, 10 minutos antes do horário permitido, sendo assim a primeira equipe a cumprir o horário determinado. Porém, como não encontramos os professores responsáveis para podermos fazer a devolução dos equipamentos, demoramos mais uns 20 minutos até conseguirmos abrir as portas da garagem e devolver os praticáveis e três tabelas que nem chegaram a ser usados.

Toda equipe está de muitíssimo parabéns. Foi uma tarde muitíssimo divertida, onde pudemos rir a todo instante. Talvez se não fossem alguns atrasos de força e responsabilidade maior que a nossa, pudéssemos filmar o dobro de planos extras, ou então voltar meia hora antes do previsto, se não mais.

Mas estamos todos satisfeitos por termos passado por mais essa aventura cotidiana que é o nosso curso de cinema.

Segunda Diária - Fotos









10 de outubro de 2007

É amanhã

Amanhã serão feitas as filmagens supervisionadas!
Menos de 16h até lá!
Ansioso para ver o que vai acontecer.

80% de chance de chuva durante o dia.
vamos nos segurar nesses 20%... :P

e boa merda pra gente!

7 de outubro de 2007

Primeiro Diária - Fotos

Primeira Diária - parte 3

Não que as minhas considerações tenham grande significância. Mas enquanto montador, devo deixar claro o que houve nas filmagens.

Primeiro: o tempo não colaborou, isso significa que provavelmente nas diárias de quinta-feira (aquelas em que temos uma van pra ir pra qualquer lugar) o tempo ficará melhor, afinal de contas não vai chover até quinta. Não que o tempo tenha atrapalhado, só impediu mesmo o plano inicial, mas paciência, eu acordo cedo em prol do trabalho se necessário.
A equipe chegou pontualmente, minto, o produtor só chegou uma hora depois do combinado. Não que o atraso do início das filmagens seja culpa dele, afinal de contas o diretor de fotografia nem tinha arrumado a câmera ainda. Aliás, nem mexer na câmera ele sabia.
Mas isso não é uma reclamação, pelo contrário, isso é um viva, pra não dizer algo maior. Afinal de contas, qual equipe filma rindo e se diverte enquanto filma, qual equipe para as filmagens para organizar uma festa, faz a festa, e praticamente sem dormir filma pela manhã novamente rindo. Eu tenho muito prazer de estar nessa equipe inconseqüente, mas responsável. Pra mim isso é o que importa, chegar no set de filmagem, ver o diretor de fotografia deitado no chão enquanto o produtor e o assistente de direção brigam de brincadeira, o diretor está dormindo e eu, o montador, estou cuidando da minha festa de aniversário. Sinceramente não há nada melhor que isso.
E só pra lembrar a equipe da minha competência, eu preparei todas as fitas para o fotógrafo apenas colocar e sair filmando. Todas fitas estavam setadas corretamente, ou seja, dificilmente teríamos uma quebra de timecode e nossas fitas estarão muito conservadas futuramente.
Ainda tive a oportunidade de registrar o making of de hoje e fazer algumas fotografias para posteridade, essa não é minha função mas a fiz com o maior prazer do mundo.

A seguir, mais um post com fotos do primeiro dia de filmagem.

Primeira Diária - parte 2

Porra... Essa merda de blog apagou todo texto que escrevi há segundos atrás...

Bom, a festa acabou, me acordaram cedo pra filmar o alvorecer, e fui surpreendido por alguns problemas bem irritantes:
- a bateria da câmera tava vazia
- o white balance sumiu
- tava supernublado
- uma neblina desgraçada surgiu num zás-trás
Por isso não pudemos gravar o plano inicial do filme. Fora isso, a gente poderia estar gravando o resto do que fora planejado, não fosse o fato de que a minha equipe esteja DORMINDO neste exato momento em que vos escrevo. Mas como não sou um desses diretores-escravizadores que existem por aí, deixá-los-ei dormirem em paz por mais um tempo.
Ah sim, o diretor de foto não sabia mexer na câmera... Tsc tsc tsc. Recém arrumei o treco do WB.
Tá. Fui. Dentro em breve algumas fotos de divulgação.

6 de outubro de 2007

Primeira Diária - parte 1

Hoje foi nosso primeiro dia de filmagem. Filmamos cerca de 7 planos, três dos quais eram planejados, os outros foram extras que vão ficar muito bons. Tivemos problemas com a chuva, mas a câmera 3CCD é tão boa que não chegou a retardar significativamente as filmagens. Amanhã teremos de acordar cedo (ou, de repente, nem dormiremos, pois hoje tem festa).
Tive alguns atritos com o diretor de fotografia, que me desacatou, desrespeitou, ignorou... mas logo foi sanado e fizemos alguns planos brilhantes.

28 de setembro de 2007

Tudo Pronto

Bom, apenas postando para tirar do pódio o ultra controverso post anterior escrito pelo nosso diretor.

Projeto pronto, trabalho feito, começamos a filmar oficialmente semana que vem, no dia 6 ou 7 de outubro.

Também gostaria de agradecer a todos nossos amigos que nos apóiam imensamente nessa verdadeira batalha que é transformar uma idéia num filme. Muito obrigado pelos infindáveis votos de boa-fé que temos recebidos quase diariamente pelos nossos colegas aqui neste blog. Desejamos igualmente um ótimo trabalho a todos, pois é assim mesmo que o mercado audiovisual funciona: através da amizade e da cooperação, sem preconceitos e sem discriminações. O importante mesmo é estar bem e ser feliz. O resto é besteira.

26 de setembro de 2007

E a produção?

Bom... Não sou o mais adequado para falar sobre isso, mas vamos lá, vou comentar sobre aquilo que acabou por influenciar no meu trabalho, que foram duas situações.

1. Eu queria um plano aéreo. Tava tudo meio certo, mas a produção vetou e eu aquiesci. Fica por isso mesmo, da próxima vez eu me vingo... hehehehehe Tá, brincadeira, né. Mas depois de pedidos desesperados para que eu não pusesse o tal plano no filme, eu desisti, até porque fiquei sabendo que outro grupo também vai fazer e eu não quero ser taxado de plagiador. Eu quero mudar, né gente.
2. A produção também me informou que as autoridades não permitem que se filmem os navios enferrujados do cais, portanto também tive que mudar. Aceitei as alternativas propostas pela própria produção. Aí está uma produção criativa, como a Aletéia gostaria de ver!
Era isso.

21 de setembro de 2007

Enfim!

É com grande felicidade que posso dizer que acabei!
Terminei a 2ª análise técnica com decupagem. Só falta desenhar o storyboard, mas isso eu deixo pra fazer amanhã na aula de metodologia da produção audiovisual II.
horas a fio trabalhando!
teve horas que me entediei bastante.
horas de estresse com o excel.
mas compensará, o filme será brilhante.
tá, era isso.

20 de setembro de 2007

Trabalhando, né...

Pois é exatamente isso... Não vai ter feriado pra equipe (ou pelo menos pra mim).
Pretendo passar o dia fazendo a decupagem/análise técnica/storyboard.
E trabalhando no projeto com o roteirista e produtor, alexandre.
E pensando na montagem com o Élvio.
E decidindo mais detalhes da foto com o Guilherme.
E...
E...
Trabalhando num feriado, que merda.
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(VIU, É DISSO QUE O DOCUMENTÁRIO SE TRATA!)

19 de setembro de 2007

Fotografia

A pedido do diretor, as imagens do filme serão de bastante contraste (provavelmente de muitos jogos de claro e escuro). Segundo a idéia do diretor, a fotografia deverá fazer com Porto Alegre o que Blade Runner fez com a Los Angeles do futuro. Não tenho muita noção de como que eu vou fazer isso, estando aberto a sugestões.
Uma sugestão minha para a direção seria a utilização de, por meio da pós-produção, efeitos preto e branco com bastante ou pelo menos alguma granulação na imagem, principalmente nas filmagens dos prédios do centro.
Outra sugestão seria a de filmar diversos prédios do centro em contra-plongé, dando a idéia de que as pessoas são "oprimidas" pelas construções. Eis uma sugestão de seqüência para o diretor:
1. Plano das pessoas caminhando entre as ruas do centro, ângulo normal.
2. Plano da estátua daquele prédio que eu havia mencionado, contra-plongée.
3. Plano das pessoas caminhando, agora em um leve plongée, filmado de um local mais alto.
4. Plano da estátua de frente, filmado de algum prédio da frente, ângulo normal.
5. Plano das costas da estátua e ao fundo, as pessoas caminhando, contra-plongée.
Sei das dificuldades de todos esses planos: como conseguiríamos a permissão para filmar dentro desses prédios, o deslocamento de câmera, etc. Sei também que tudo isso poderia ser mostrado de outras maneiras e com bem menos ou bem mais planos. Não quero (e sei que mesmo querendo, não conseguiria) impor as minhas idéias, só quero dividir com vocês algumas possibilidades e de alguma forma influenciar novas idéias vindas de vocês.
Abraço.

17 de setembro de 2007

Planejamento de som

Acabo de fazer um primeiro planejamento de som... E vai bem de acordo com o que foi proposto na decupagem. Só falta agora discutir com o grupo e principalmente com a técnica de som, Isadora.
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Também adicionei mais uns planos, que, creio, vão engrandecer o filme, pois mostram a fúria do sarcasmo das grandes metrópoles.

16 de setembro de 2007

A Flor e a Náusea

Poesia que expressa muito do que queremos expressar. Está nos anexos, de Carlos Drummond de Andrade. Não possuo direitos autorais, não sei se precisa, mas não estamos ganhando dinheiro em cima de nada, a não ser que alguém queira nos dar dinheiro por nada.

A Flor e a Náusea

Preso à minha classe e a algumas roupas,
Vou de branco pela rua cinzenta.
Melancolias, mercadorias espreitam-me.
Devo seguir até o enjôo?
Posso, sem armas, revoltar-me'?
Olhos sujos no relógio da torre:
Não, o tempo não chegou de completa justiça.
O tempo é ainda de fezes, maus poemas, alucinações e espera.
O tempo pobre, o poeta pobrefundem-se no mesmo impasse.
Em vão me tento explicar, os muros são surdos.
Sob a pele das palavras há cifras e códigos.
O sol consola os doentes e não os renova.
As coisas.
Que tristes são as coisas, consideradas sem ênfase.
Vomitar esse tédio sobre a cidade.
Quarenta anos e nenhum problema resolvido, sequer colocado.
Nenhuma carta escrita nem recebida.
Todos os homens voltam para casa.
Estão menos livres mas levam jornaise soletram o mundo, sabendo que o perdem.
Crimes da terra, como perdoá-los?
Tomei parte em muitos, outros escondi.
Alguns achei belos, foram publicados.
Crimes suaves, que ajudam a viver.
Ração diária de erro, distribuída em casa.
Os ferozes padeiros do mal.
Os ferozes leiteiros do mal.
Pôr fogo em tudo, inclusive em mim.
Ao menino de 1918 chamavam anarquista.
Porém meu ódio é o melhor de mim.
Com ele me salvoe dou a poucos uma esperança mínima.
Uma flor nasceu na rua!
Passem de longe, bondes, ônibus, rio de aço do tráfego.
Uma flor ainda desbotadailude a polícia, rompe o asfalto.
Façam completo silêncio, paralisem os negócios, garanto que uma flor nasceu.
Sua cor não se percebe.
Suas pétalas não se abrem.
Seu nome não está nos livros.
É feia.
Mas é realmente uma flor.
Sento-me no chão da capital do país às cinco horas da tarde e lentamente passo a mão nessa forma insegura.
Do lado das montanhas, nuvens maciças avolumam-se.
Pequenos pontos brancos movem-se no mar, galinhas em pânico.
É feia.
Mas é uma flor.
Furou o asfalto, o tédio, o nojo e o ódio.

Análise técnica

A análise técnica baseada no roteiro já está pronta também. Há uns instantes a assistente de produção, Natália Oliveira, a finalizou. Agora só falta comparar com a decupagem, balancear, preparar, arrumar.
Vamos lá... estamos cada vez mais próximos de um filme que vai mudar.

E a decupagem...

Pois bem, hoje fiz uma proto-decupagem. "Proto" porque ainda não conta com todos os detalhes. Mas ao todo eu imaginei 70 planos, sendo que aí eu conto aqueles que se repetirão. E alguns deles são como essas imagens:










O importante é que eu acho que vai dar tudo certo, e que mesmo que um ou dois planos sejam considerados inviáveis, o filme vai conseguir transmitir sua mensagem, vai mostrar a que veio certamente.
Era isso, até o próximo post!

14 de setembro de 2007

A Equipe

Apresentando-nos.

Alexandre - roteirista e diretor de produção
Daniel - assistente de direção
Guilherme - diretor de fotografia
Natália - assistente de produção e divulgação
Isadora - técnica de som
Élvio - montador e assistente de som
e eu, Bruno, sou o diretor.

Uma equipe forte e unida para mostrar a degradação do ser humano.
Juntos mostraremos como o Homo sapiens pode ser ridículo em sua "cabeça animal".

Diário de Bordo

Pequena postagem em prol da posterioridade e da pré-produção:

Argumento, de Daniel Deporte (assistente de direção), concebido no dia 20 de agosto de 2007, durante uma das aulas do professor Tieztmann.

Projeto desenvolvido por Alexandre Guterres (produção e roteiro) no dia 6 de setembro de 2007.

Projeto aprovado pelo professor e mestre João Guilherme Barone no dia 13 de setembro de 2007.

Atualmente está sendo revisado o roteiro, além do orçamento e análise técnica que serão feitos em cima dele. Mais informações quando houver mais informações. Aguardem.

13 de setembro de 2007

Sinfonia da Desgraça

Complementando o que já foi dito...
Esse projeto visa a uma tentativa de comunicação sem a utilização de palavras, mostrando que todos são e sentem o mesmo.
Será um documentário parcialmente experimental e até pode-se dizer que pós-moderno (sem querer rotular, claro). Música intensa e imagens fascinantemente chocantes é o nosso objetivo, tudo em busca dessa ironia, desse deboche que é a existência do ser humano.
Acho que é isso.

O início de uma nova jornada

É de conhecimento geral que nosso projeto inicial para o Laboratório de Realização II era um falso documentário com temática referente à ditadura.

Nossa idéia original foi, até certo ponto, vetada, e, em diversos outros, modificada via sugestões dos professores. Refletimos sobre isso e vimos que o projeto não era mais de nossa autoria. Numa difícil decisão, resolvemos abandonar (pelo menos em projetos da PUC) o falso documentário e pensar numa nova idéia.

Em discussões pouco convencionais falamos muita besteira. Milhares de idéias aparentemente imbecis foram ditas, formando assim uma imensa rede de bobageria que culminou num sentimento que acabou se tornando no atual projeto.

O palco é Porto Alegre. Angústia é o recorte.

Com pinceladas influenciadas pelas sinfonias metropolitanas, criou-se então a Sinfonia da Desgraça. Retratar as piores facetas de nossa metrópole. Eis o nosso objetivo.

Uma breve apresentação

Violência. Doença. Poluição. Sobrecarga. Pressão. Falta de tempo. Vivemos numa ditadura de dilemas, numa avalanche de expectativas por parte da corrupta sociedade. Os tempos modernos trouxeram a comodidade, porém cobrou o humanismo em troca.

Vemos centenas de rostos todos os dias, cruzamos por centenas de almas em cada rua pelas quais passamos sem as notar verdadeiramente. Entretanto, quantas vezes realmente enxergamos através dos olhos de cada um? Quantas vezes paramos nossas atividades a fim de viramos para o lado e perguntar ao próximo pelo que este está passando? Quais são suas angústias?

Esse é o grande mal do século vigente. Vivemos trancafiados nas prisões sem grades chamadas metrópoles, atormentados pela constante insegurança oriunda da violência urbana, pelo medo de falharmos como seres humanos, pelo receio de não atingirmos as metas que foram criadas pelas nossas próprias mentes e pelo pior inimigo imaginável: o tempo, o vilão invisível que sussurra em nossos ouvidos “menos um, menos um”, impiedoso em sua natureza, displicente em relação a nossas necessidades e a nossas vontades.

Aprisionamos todos esses suplícios dentro de nossas cabeças, em nossos corações, incapazes de manifestá-los verbalmente por falta de interlocutores, uma vez que poucos ainda têm tempo e, logo, paciência, para se importar com o que está passando pela cabeça de nossos vizinhos.

texto de Alexandre Guterres
postado por Élvio Philippe